Meta do Bolsa-Família é incluir até julho mais 901 mil beneficiários

26/04/2004 - 15h22

Pedro Malavolta
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Bolsa-Família deve incluir, até julho deste ano, mais 901 mil famílias das regiões metropolitanas. O secretário nacional de Renda e Cidadania do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, André Teixeira, disse que isso fará com que o número de famílias atendidas passe para 4,5 milhões em três meses.

O governo, segundo o secretário, tem estudado também a possibilidade de migrar 2,5 milhões de famílias, que hoje recebem apenas o Bolsa-Escola, para o programa Bolsa-Família. As transferências dos antigos programas para o Bolsa-Família têm duas implicações para quem recebe os benefícios. A primeira é o aumento do valor médio das transferências. Este valor, no Bolsa-Escola e no Bolsa-Alimentação, é de R$ 24 por mês, e no auxilio-gás, de R$ 7,50. Já no Bolsa-Família, é de R$ 73,80. A outra é que as pessoas passam a ter de garantir que seus filhos se matriculem e permaneçam na escola, além de fazer acompanhamento nos postos de saúde.
"Isso implica, por outro lado, que o estado passe a oferecer serviços de saúde para aquelas famílias que migram do Bolsa-Escola e serviços de educação para aquelas que migram do Bolsa- Alimentação. E criará uma demanda por serviços públicos de qualidade muito importante", disse Teixeira.

O secretário declarou que até o próximo mês, uma série de parcerias entre o governo federal, os governos estaduais e municipais deve ser firmada. A idéia é de que haja uma complementação dos valores das transferências, ampliação das coberturas e de que se evite a superposição de beneficiados. "Por outro lado, os entes federados assumem um compromisso de considerar os beneficiários do Bolsa-Família como um público preferencial de outros programas de transferência de renda, como microcrédito, capacitação profissional, erradicação de analfabetismo de economia solidária".

O secretário participa, em São Paulo, do seminário sobre políticas de transferência condicional de renda, organizado pelo Banco Mundial.