Rio, 26/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai liberar R$ 459,8 milhões para a viabilizar quatro projetos de saneamento básico, sendo dois em Minas Gerais, um em São Paulo e um no Distrito Federal. Os projetos irão beneficiar 292 municípios, gerando cerca de 26 mil empregos. A decisão foi anunciada pela diretoria do BNDES
O banco vai liberar R$ 46,7 milhões remanescentes do Fundo para o Desenvolvimento Regional(FDR), criado em 1998, quando a Companhia Vale do Rio Doce foi privatizada, com o objetivo de apoiar municípios da área de influência da empresa em Minas Gerais. A primeira parcela desse fundo foi liberada pelo BNDES em 2000, alcançando R$ 65 milhões.
Os recursos serão repassados ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) que os aplicará em projetos de saneamento, envolvendo implantação ou expansão de redes de água e coleta e tratamento de esgotos em 197 municípios mineiros. O BDMG fiscalizará a execução dos projetos e prestará contas ao BNDES. Com essa operação, será encerrado o FDR.
A segunda operação em Minas engloba a subscrição de R$ 300 milhões em debêntures simples não conversíveis da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), para a realização de obras em 77 municípios, durante três anos. Será beneficiada uma população de seis milhões de pessoas. O financiamento do BNDES elevará o índice de abastecimento de água dos atuais 95,9% para 98,3% e o de coleta de esgotos de 44,5% para 55,5%. A Copasa é uma empresa de economia mista, com administração independente.
Em Marília (SP), os recursos do BNDES, de R$ 45,6 milhões, permitirão atingir o índice de 100% de tratamento de esgoto. Com o financiamento do banco, serão construídas três estações de tratamento e cerca de 79 quilômetros de emissários para o transporte de efluentes.
No Distrito Federal, a verba do banco, de R$ 67,4 milhões, beneficiará dois milhões de pessoas. A Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) estima investir R$ 97,3 milhões até 2010. Com as obras, a totalidade da população terá água encanada. A cobertura da rede de esgotos passará de 85% para 95% e a de tratamento de esgotos de 66% para 69% no DF.