Brasília, 25/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil pretende ampliar a produção de cafés especiais, inclusive orgânicos, e para isso o secretário de produção e comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Linneu Costa Lima, participa até amanhã (26) da 16ª Conferência e Exibição Anual da Associação Americana de Cafés Especiais, em Atlanta (EUA). No encontro, ele conhecerá as técnicas especiais de cultivo e beneficiamento. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial e o segundo principal consumidor.
A produção do café especial atende pequenos nichos de mercado, conta com grãos selecionados e alto padrão de higiene e é comercializada em latas lacradas, com estampas grafadas e peso liquido em torno de 350 gramas. A vantagem deste investimento é o preço médio da saca negociada em leilão internacional pela Internet, na média de US$ 440, enquanto o café comum é cotado na bolsa em US$ 67 atualmente. A expectativa é de que a exportação do café especial possa crescer em razão do fornecimento do grão para fabricação do café pronto para beber (ready to drink), já que os especiais não amargam como os cafés comuns.
Safra
Na sexta-feira (23), o Ministério da Agricultura divulgou a segunda estimativa da safra de café 2004/2005, prevista agora entre 36,10 milhões a 40,46 milhões de sacas, o que representa um aumento de 5,8% a 8% em relação ao volume anunciado em dezembro passado. O aumento da produção reflete o ano de alta da lavoura cafeeira e melhores condições climáticas ocorridas durante o estágio de desenvolvimento da cultura.
Esta segunda estimativa indica o ponto médio de 38,28 milhões de sacas, contra 28,82 milhões na safra 2003/2004 e 48,48 milhões de sacas na safra 2002/2003. O crescimento desta avaliação em comparação com a estimativa de dezembro se dá basicamente na lavoura do café arábica. Para o café do tipo robusta, a variação foi menor, passando de 7,65 a 8,33 milhões de sacas em dezembro para 7,87 a 8,55 milhões de sacas.
O levantamento da produção cafeeira foi realizado no período de 15 de março a 15 de abril nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Rio de Janeiro.
As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento