Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - Um cronograma de obras a serem feitas no Porto de Paranaguá ficou acertado entre o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento e o governador do Paraná, Roberto Requião durante uma reunião realizada hoje no Palácio Iguaçu, em Curitiba.

Num prazo de 15 dias deve estar liberada a licitação para ampliação do Cais Oeste do Porto. O único impasse é a licença ambiental, que deve sair até o início do mês que vem, segundo Requião. A obra vai significar um aumento de 1/3 da capacidade do Porto de Paranaguá.

Requião relatou ao ministro que nos últimos dez anos não foram feitas obras no Porto e que, no início do seu governo, não tinha dinheiro em caixa, o que foi providenciado com a otimização na atual administração.

Apesar de ter dinheiro para pagar as obras à vista, o Governo do Paraná vai arcar com apenas 20% do valor da ampliação. Mas, segundo Requião, se houver alguma dificuldade no repasse dos recursos, o Porto pode adiantar o dinheiro da obra, orçada em cerca de R$ 140 milhões.

O governador mostrou números ao ministro: o Porto movimentou cinco milhões de toneladas de grãos a mais, exportadas entre 2002 e 2003. "E este ano já foram exportadas 1,48 milhão de toneladas a mais do que no primeiro trimestre de 2003".

Além da ampliação, três dragas estão sendo contratadas para operação imediata. Uma delas vai dragar Antonina, que tem que aumentar o calado de seis para dez metros. As outras vão fazer a dragagem preventiva do canal de acesso ao Porto e do cais de Paranaguá..

O governador também solicitou ao ministro Alfredo Nascimento o reconhecimento de obras delegadas e federais realizadas pelo Estado, como as pontes sobre o rio Paraná, entre Porto Camargo e Guaíra.

Para Requião, é preciso que o Ministério dos Transportes reconheça essas obras para que o Ministério da Fazenda deduza o valor investido da dívida do Estado. O investimento total feito em rodovias e na construção do trecho ferroviário Guarapuava – Cascavel foi superior a R$ 2 bilhões.