Brasília, 19/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - A ciência brasileira começa se aproximar dos padrões praticados nos países de Primeiro Mundo. Pelo menos em número de publicação de trabalhos na área de Governo Eletrônico, Sociedade da Informação e Informática Jurídica, isso já ocorre. A constatação é resultado de dados levantados por um grupo de pesquisadores da Universidade de Trier, na Alemanha, coordenado pelo professor Michael Ley, responsável pelo Digital Bibliography & Library Project (DBLP).
Trata-se de um servidor de referências bibliograficas que faz levantamento constante dos principais jornais, proceeedings e demais publicações científicas no segmento da Tecnonologia da Informação (TI) em todo o mundo. Como pesquisadores de diversas áreas trabalham com aplicações em TI, o projeto soma hoje quase meio milhão de artigos indexados, sem contar os muitos milhares de links para sites científicos relacionados ao assunto.
O DBLP garante a isenção dos resultados principalmente por utilizar os mesmos critérios para a avaliação - que e constante - independente do país de origem dos pesquisadores.
O pesquisador do Instituto de Governo Eletrônico, Inteligência Jurídica e Sistemas (Ijuris), Hugo Cesar Hoeschl, tambem professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e procurador da Fazenda Nacional, aparece como um dos cientistas brasileiros com maior número de referências no DBLP.
No levantamento, Hoeschl tem 15 referências consideradas relevantes. Isso porque o estudo considera só eventos com forte respaldo da comunidade científica internacional e seleciona, dentro da produção de cada pesquisador, os trabalhos considerados de maior impacto. Nos próximos dias, o DBLP computara mais dois trabalhos apresentados por ele esta semana na 6th International Conference on Enterprise Information Systems (Iceis), em Portugal. Assim, Hoeschl alcança uma quantidade bastante expressiva, principalmente ao se considerar que poucos cientistas do país superam uma dezena de referências nesse ranking.
Dentre os poucos cientistas brasileiros que têm mais de dois dígitos de referências reunidas no levantamento está o professor Ricardo Miranda Barcia, PhD pela Universidade de Watterloo, do Canadá, com 12 ocorrências.