Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Em até quatro meses, serão divulgados os resultados preliminares do estudo encomendado pelo BNDES à Universidade de Campinas sobre a cadeia produtiva aeronáutica brasileira. A análise subsidiará o desenho de políticas operacionais do BNDES para o setor. O estudo deverá ser concluído em 12 meses.

A informação foi dada à Agência Brasil por Sérgio Varella, assessor da Presidência do BNDES, que coordenou o seminário "Adensamento da Cadeia Produtiva da Indústria Aeronáutica", realizado na semana passada, no Rio. O BNDES quer que os aviões exportados pela Embraer tenham o máximo de componentes brasileiros, gerando emprego e renda e capacitação tecnológica.

Ao gerar capacitação tecnológica aeronáutica o BNDES quer fazer com que as pequenas indústrias nacionais também possam fornecer também para outros fabricantes, como Airbus e Boeing. Segundo informou Sérgio Varella, além da Embraer, existem outras 25 empresas dedicadas à fabricação de componentes aeronáuticos, serviços de manutenção e reparo de aviões.

As pequenas indústrias que participaram do seminário reivindicaram junto ao banco dinheiro para investimento, para capacitação tecnológica, aquisição de máquinas e equipamentos, infra-estrutura e desenvolvimento tecnológico, que envolvem um riscos de investimento maior. Sérgio Varella afirmou que o BNDES terá que se posicionar bem com respeito às garantias, mas esclareceu por outro lado que o risco não é tão grande porque a Embraer possui uma carteira ampla e sólida.