Brasília, 16/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O risco Brasil encerra a semana abaixo dos 600 pontos, com queda de 1,81%, sinalizando tranqüilidade para o mercado, que ontem se abalou com a noticia de rebaixamento da classificação dos títulos brasileiros pelo JP Morgan. O dólar teve redução de 0,37% do dólar, valendo R$ 2,909 e a Bovespa, alta de 0,14%.
Nesta sexta-feira, dois bancos estrangeiros rebaixaram e um melhorou a sua percepção quanto ao cenário econômico do Brasil. O banco de investimentos Merrill Lynch reclassificou de overweight (acima da média do mercado) para marketweight (peso do mercado) as recomendações para as ações brasileiras. O Citigroup reduziu a recomendação de overweight (acima da média) para moderate underweight (moderadamente abaixo da média).
Já o WestLB ampliou para forte overweight as perspectivas para os bônus brasilieiros. O relatório do banco aponta a decisão do governo brasileiro de não renovar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o real como "moeda em recuperação", o controle da inflação e a trajetória de queda nas taxas de juros como indicativos de um bom desempenho dos bônus brasileiros em moeda estrangeira.
O WestLB diz ainda que os fundamentos econômicos são favoráveis e que a continuidade das reformas e manutenção das políticas monetárias e fiscal fazem as perspectivas do banco permanecerem positivas. "Estamos confiantes que os agentes de classificação de risco vão premiar o progresso do Brasil em direção à estabilidade", diz a nota do banco.
O relatório da Merrill Lynch diz que o peso das ações brasileiras na carteira da América Latina caiu de 48,9% para 46,7%. O documento relaciona o cenário externo com uma possível a alta na taxa básica de juros nos Estados Unidos, como principal responsável pela sua mudança de perspectiva. A elevação dos juros nos Estados Unidos também foi a que levou o Citgroup a reduzir a indicação aos papéis brasileiros.