Rafael Gasparotto
Repórter da Agência Brasil
Em quase 70% dos óbitos por homicídio de homens entre 15 e 24 anos, ocorridos em 2002, houve utilização de arma de fogo. A informação faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para 2002, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice desses óbitos chegou a respectivos 91% e 89% nos estados do Pernambuco e do Rio de Janeiro. De 1991 a 2000, o Brasil registrou um aumento de 95% nas taxas de mortalidade masculina por homicídio com armas de fogo.
Com exceção dos estados do Acre (-46%), Maranhão (-42%), Amazonas (-21,6%), Santa Catarina (-12%) e Pará (-7,8%), em todos os demais estados brasileiros foi observado aumento destas taxas, especialmente em Mato Grosso (343,7%), Roraima (324,2%), Piauí (256,6%), Alagoas (254%), Paraíba (237%) e Bahia (230%).
Durante o período de 1980 a 2000, foram computados um total de 2,1 milhões de óbitos por causas externas (causados por violência e acidentes de trânsito), dos quais 1,7 milhões (82,2%) foram de óbitos masculinos.