Recife, 14/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - A chefe do setor de saúde para a América Latina e Caribe do Banco Mundial, Evangeline Javier, disse hoje que o Brasil registrou avanços significativos na redução da mortalidade materna e infantil e na implantação do programa de doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, que é referência internacional. Entretanto, observou, ainda existem problemas para melhorar a assistência médica aos grupos mais vulneráveis. Ela disse que o governo brasileiro pode ampliar os investimentos no setor, para melhorar a eficiência na prestação dos serviços.
Evangeline Javier participou hoje do Fórum Europeu e Latino Americano de Saúde, Eurolac, promovido pelo Banco Mundial. A desigualdade na prestação da assistência de saúde às populações dos países da América Latina e do Caribe foi um dos principais temas debatidos no encontro, que já foi realizado na França, Costa Rica e Espanha, que reúne pela primeira vez no Brasil ministros, técnicos e especialistas de 52 países.
O vice-presidente do Banco Mundial, Vinod Thomas, disse que o Fórum é uma oportunidade para troca de experiências sobre abordagens inovadoras, que vão melhorar as políticas de saúde, para beneficiar principalmente as populações mais pobres.
O Banco Mundial, que trabalha com o Brasil desde 1949, já financiou US$ 33 bilhões para projetos no país que enfocam a redução da pobreza e o desenvolvimento econômico e social. Uma das iniciativas é o programa DST/AIDS, que tem financiamento assegurado de US$ 100 milhões, nos próximos quatro anos.
Os participantes do fórum Erolac também irão debater os Efeitos da Saúde Pública sobre a integração social e econômica.