Cidadãos que vivem na fronteira Brasil-Uruguai terão situação legalizada, diz Amorim

14/04/2004 - 17h48

Brasília, 14/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os 700 mil cidadãos que vivem ou trabalham na fronteira Brasi-Uruguai, nas cidades de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, e Rio Branco, do lado uruguaio, receberão novas carteiras de identidade para legalizar sua situação na região. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Didier Opertti, encontraram-se hoje na fronteira entre os dois países, onde fizeram uma entrega simbólica das primeiras carteiras e assinaram uma agenda de cooperação nas áreas de saúde, educação, segurança, meio ambiente e saneamento.

A medida vai permitir a livre locomoção de habitantes dos dois países, em uma faixa de 20 quilômetros de extensão na fronteira, e o livre acesso dos cidadãos a serviços de transporte público, escola e trabalho.

Segundo o embaixador do Brasil no Uruguai, Eduardo dos Santos, que acompanhou a assinatura do acordo, a medida facilitará a vida dos cidadãos. "E permitirá o acesso a serviços educativos e ao trabalho, além da legalização para as pessoas que vivem de um lado e trabalham de outro, em situação irregular", diz o embaixador.

Os ministros brasileiro e uruguaio assinaram também uma carta conjunta dirigida ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para financiamento de projetos. Ficou acertada a instalação de uma comissão mista para a licitação de uma segunda ponte sobre o rio Jaguarão, que reforçará a integração física entre Brasil e Uruguai. Os dois governos também concordaram em reformar a Ponte Barão de Mauá e colocar em operação um sistema único de energia elétrica entre as cidades de Santana do Livramento e Rivera.