BNDES e Finep vão concluir estudos para viabilizar Proinfa

01/04/2004 - 18h20

Rio, 1/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o Ministério da Ciência e Tecnologia concluem, nos próximos dias, estudos adicionais referentes à certificação de origem para viabilizar a entrada em operação do Programa para Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços Correlatos, na modalidade Prosoft-Comercialização a partir de primeiro de junho, anunciou hoje o diretor da área industrial do BNDES, Fábio Erber.

O Prosoft-Comercialização objetiva o financiamento ao comprador para aquisição, no mercado interno, de softwares e serviços correlatos desenvolvidos no Brasil e terá taxa fixa de juros, pré-fixada trimestralmente, hoje da ordem de 14,75%.

O Chefe do Departamento de Indústria Eletrônica do BNDES, Julio Ramundo, esclareceu que no 1o.momento o programa vai trabalhar com produto puro ou produto com customização , isto é, com serviços associados e permitirá o financiamento de até o mesmo valor da licença em serviços associados, como por exemplo softwares para gestão de pequenas, médias e grandes empresas que tenham grande penetração na economia.

Ramundo informou que o Prosoft-Comercialização tem como 1a. etapa o credenciamento do produto no Banco para atestar a certificação de origem. Esse programa é limitado para softwares desenvolvidos no Brasil, destacou. A partir desse credenciamento, qualquer empresa que demande o software terá direito ao financiamento do BNDES e ao sistema de garantias por meio do agente financeiro.

Para melhorar a eficácia do setor e antecipar problemas, o BNDES vai se responsabilizar por parte da garantia do financiamento, o que constitui uma inovação em sua maneira de operar. A garantia será dada através do próprio balanço do banco e terá limite de até 30% do valor do pacote final de produto e serviços.

A estimativa preliminar de desembolsos para o Programa Prosoft como um todo em 2004 alcança R$100 milhões, mas esse teto poderá ser superado em função da demanda, disse Erber.

Julio Ramundo revelou que o mercado da área de produtos e serviços de software no Brasil é estimado em US$ 9 bilhões no ano passado, do qual as empresas nacionais participaram com somente 15%. A meta do BNDES com o novo Prosoft é aumentar a participação das empresas no mercado. Não há mais limites de recursos para os projetos que forem apresentados ao banco, que apoiará, a partir de agora, toda a demanda que surgir.

Até o momento, o Banco tem comprometidos R$90 milhões para apoio a projetos do setor.