Brasília, 31/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Para lembrar os 40 anos do Golpe Militar de 1964, ex-militares e civis integrantes da organização não-governamental Terrorismo Nunca Mais (Ternuma) realizaram ato público em frente ao Congresso Nacional com o objetivo de lembrar os mortos nas ações de luta armada, entre os anos de 1966 e 1975.
Os manifestantes fincaram no gramado 120 cruzes brancas com nome, profissão, data e local onde foram mortos. Durante o ato foi colocada uma coroa de flores sobre uma cruz que representava as cerca de 80 pessoas não identificadas que morreram na luta armada.
Segundo o porta-voz da organização do ato, professor Eduardo Bohrer, a homenagem lembra vítimas que no Brasil ficaram esquecidas. "Nós temos observado, na prática, que lamentavelmente a anistia está sendo dada para alguns, em detrimento de outros", disse Bohrer. A manifestação, acrescentou, também foi para pedir amparo às famílias das vítimas. "Esse movimento não é contra ninguém. Nós estamos chamando a atenção da nação brasileira para essa injustiça que está sendo cometida, tanto com pessoas cumpriam o seu dever quanto com os que morreram em conseqüência de ações terroristas", explicou.
A execução do Hino Nacional encerrou o ato, após discursos dos deputados Alberto Fraga (PTB-DF) e Jair Bolsonaro (PTB-RJ).