Rio, 31/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do IRB, antigo Instituto de Resseguros do Brasil, Lídio Duarte, defendeu hoje na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro a formação de um consórcio integrado por fundos de pensão para administrar a empresa, em um cenário de possível privatização.
Duarte afirmou que "para termos um IRB como ressegurador local forte, como sempre foi, o ideal é que houvesse um consórcio para comprar a parcela do Estado e que fosse um tipo de consórcio de fundações".
Segundo analisou o presidente do IRB-Brasil Resseguradora, isso manteria o controle da empresa no país, uma vez que se o comprador fosse uma companhia estrangeira poderia, por algum motivo, perder o interesse no Brasil e fechar a empresa, o que resultaria em perda para o Brasil. Ele admitiu, inclusive, que a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI) poderia se consorciar com outros fundos de pensão e disputar o controle do IRB.
Lídio Duarte destacou, entretanto, que esse assunto só voltará à discussão após a conclusão do processo de revisão do marco regulatório, o que deverá ocorrer somente a partir de 2006. A nova legislação abrirá espaço para um ambiente de competição diferente, dando início a um debate mais amplo sobre a possibilidade de o governo vir a se tornar minoritário na empresa, transferir a totalidade das ações ou manter a participação que tem, avaliou Duarte.