Brasília, 31/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O secretário nacional de Aqüicultura e Pesca, José Fritsch, afirma que as exportações de pescado nacional deve atingir US$ 1 bilhão, dentro de três anos. No ano passado, as exportações do setor dobraram, alcançando US$ 300 milhões, contra os US$ 129 milhões de 2002. "Esse crescimento vai continuar", diz o ministro.
Para conquistar o mercado europeu, a Secretaria de Aqüicultura e Pesca e empresários brasileiros realizam rodadas de negócios para promover o pescado nacional. Comitiva integrada por Fritsch e empresários do setor pesqueiro mantém encontros com representantes de supermercados, restaurantes e hotéis de três países europeus: Alemanha, Inglaterra e Holanda.
O secretário informa que, em Londres, primeira parada da viagem, a degustação de peixes brasileiros, como o pintado e o pacu, teve a participação de 40 empresários. "Os resultados são muito positivos, porque há um interesse na compra de peixes brasileiros, em virtude da redução da pesca no hemisfério norte e dos efeitos da vaca louca e da gripe do frango", afirma.
De acordo com Fritsch, o governo e os empresários britânicos estão interessados em conhecer o sistema de produção brasileiro. "Além do sabor dos nossos peixes, temos como vantagem uma produção sem antibióticos, o que é uma exigência do Mercado Comum Europeu", argumenta.
O secretário prevê que, ainda este ano, o mercado europeu começará a importar peixes brasileiros.
O camarão produzido no Nordeste do Brasil pode ganhar também novos mercados na Europa. Atualmente, os Estados Unidos são o principal comprador do produto brasileiro. Porém, desde o ano passado, pescadores americanos estão movendo uma ação de antidumping contra os produtores brasileiros.