Brasília, 31/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O comando da greve da Polícia Federal entra hoje com embargo declaratório na justiça federal, para demonstrar que o juiz Cesar Antônio Ramos - que determinou aos policiais federais a suspensão da operação padrão - foi induzido a erro por parte da direção da Polícia Federal. O argumento é que, indiretamente, a decisão da justiça obriga os policiais a descumprirem a lei nacional e internacional relacionada à segurança dos aeroportos.
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Políciais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, o juiz deveria determinar à Polícia Federal o envio do efetivo três vezes maior para os aeroportos, a fim de diminuir as filas e o tempo de espera para embarques e desembarques.
Segundo Garisto, outro ponto que deve ser levado em conta é o imediato aumento do número de terminais de computadores para a checagem de cada passageiro na hora do embarque. Ele denuncia que em São Paulo os delegados estão trabalhando na ilegalidade. Eles não verificam com rigor os terminais. "Isso tem feito com que as filas diminuam, mas por outro lado, aumenta a insegurança" alerta o presidente da Fenapef. Segundo ele, no aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, só há três terminais de computadores à disposição da Polícia Federal.