Brasília, 25/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - "Os fundamentos da economia brasileira são hoje muito sólidos, e há muito tempo o país não gozava de estabilidade econômica como no momento, a ponto de recuperar a credibilidade internacional na condução dos seus problemas". A afirmação é do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Ele ressaltou que alguns pontos da política momentária foram essenciais para a redução da dívida pública atrelada ao câmbio, e isso reflete em confiança na economia nacional. Exemplo disso, segundo ele, é a retomada da atividade industrial. Condição básica para, junto com o crescimento sustentado, e estabilidade, reduzir o desemprego no país.
Para isso, destacou a necessidade de "esforço concentrado" e persistência de todo o país. Meirelles afirmou, ainda, que a partir de 1998 o Brasil entrou numa rota de reajuste fiscal consolidado, o que favoreceu o forte superávit que a balança comercial vem acumulando, ao ponto de fechar 2003 com saldo de US$ 24,8 bilhões e no acumulado de 12 meses até fevereiro último o superávit cresceu para US$ 26,1 bilhões: o mais alto da história.
Comportamento que, segundo Meirelles, favoreceu o saldo de US$ 4,1 bilhões em contas correntes no ano passado. Ele acredita, também, que superávit semelhante possa ser mantido também neste ano. Afirmação que contraria a estimativa revelada ontem, pelo próprio Banco Central, de um superávit de apenas US$ 200 milhões.