Rio, 22/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) quer atingir a meta de US$ 2 bilhões em exportações de software no prazo de cinco anos, somando créditos específicos às linhas de financiamento disponiveis no BNDES e Finep, que são compatíveis para um padrão de US$ 100 milhões/ano de exportação.
O MCT vem se esforçando no que tange à política de software, dentro da nova Lei de Informática, que tramita no Congresso Nacional, para a formação de recursos humanos, seja na área de matemática ou em nível de doutorado, disse hoje, no Rio de Janeiro, o ministro Eduardo Campos. Para ele, sem essa especialização "é impossível se chegar à meta e ao padrão de exportação desejado, que é de US$ 2 bilhões/ano".
Daí o foco na política de software prevista na política industrial ser um largo esforço na formação de RH e na disponibilização de crédito para fusão de empresas, capacitação para gestão de negócio, informou. "Nós precisamos ter linhas de crédito específicas como existem em outras áreas onde o Brasil tem obtido êxito, como agronegócio, as operações da própria Embraer. O fato de termos linhas de financiamento específicas dá condições de competitividade ao produto brasileiro", analisou. As linhas de crédito terão que acompanhar as metas fixadas, disse Campos.
O ministro revelou que grande parte das empresas de software que operam no país tem pequeno porte e termina sem condições de ocupar um espaço no mercado internacional. Por isso o ministério está empenhado em disponibilizar crédito para a fusão dessas empresas, a partir de experiências de sucesso realizadas em Santa Catarina, no Rio de Janeiro e Pernambuco, cujo processo de organização objetiva dá maior competitividade às pequenas empresas do setor.