São Paulo, 19/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O novo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Márcio Cypriano, defende a autonomia do Banco Central. No discurso de posse, Cypriano, que é presidente do Bradesco, afirmou que o tema deve entrar na pauta de discussões da sociedade brasileira.
"Achamos importante a aprovação de uma lei que conceda autonomia operacional ao Banco Central, uma autonomia de instrumentos que não pode ser confundida com autonomia de objetivos", defendeu Cypriano. "A confiança na capacidade e na competência técnica do Banco Central de fazer o que precisa ser feito, da forma mais autônoma possível, é a base do amadurecimento monetário do país", disse.
O novo presidente da Febraban enfatizou a necessidade de modernização das leis trabalhistas.
"Elas são inadequadas à realidade, impedem a criação de empregos e obrigam empresários e trabalhadores a ingressar na informalidade", disse.
Cypriano destacou a contribuição das instituições financeiras para o aperfeiçoamento da economia brasileira. "A Febraban representa um segmento que é grande gerador de empregos. São cerca de 400 mil empregos diretos. Entre salários, benefícios e encargos sociais, os bancos pagaram, em 2003, algo em torno de R$ 30 bilhões", revelou.
O novo presidente da Febraban lembrou ainda que os bancos estão entre os maiores investidores do país nas áreas de informática e tecnologia, cerca de R$ 4 bilhões por ano. Entre impostos e outras contribuições, os bancos desembolsaram, em 2003, R$ 12 bilhões.