São Paulo, 19/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A baixa demanda pelo chamado crédito em consignação – descontado em folha de pagamento – preocupa e frustra a expectativa das instituições bancárias. O novo presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Gabriel Ferreira, acredita que a modalidade não deu certo por culpa de burocracia imposta pela intermediação dos sindicatos na liberação do crédito.
No crédito consignado, o funcionário assalariado pode utilizar o salário como garantia para a obtenção de crédito junto à instituição que escolher. "Esperava-se que houvesse maior dinâmica na procura deste crédito, mas o processo não deslanchou", avalia o ex-presidente da Febraban. "Seria fantástico pois acabaria com o cheque especial e com o empréstimo pessoal. A culpa é do modelo adotado".
Márcio Cypriano, presidente do Bradesco e novo presidente da Febraban, cita como exemplo do fracasso do crédito consignado os números do Bradesco. De setembro (data de criação do consignado) até agora, o banco liberou R$ 205 milhões no microcrédito e apenas R$ 1,6 milhão no crédito consignado.