Brasília, 18/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Comissão Especial da Reforma Sindical e Trabalhista vai se reunir hoje, com o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini para discutir a proposta de reforma que vai mudar o perfil dos 18 mil sindicatos existentes no país. De acordo com o presidente da Comissão, deputado Vicentinho (PT-SP), a principal mudança, será o fim do Imposto Sindical Compulsório. "Tem de acabar com essa historia de o trabalhador ser surpreendido com descontos, muitas vezes sem saber de que sindicato trata", afirma o parlamentar.
O deputado destacou também como ponto importante da reforma, o reconhecimento das centrais sindicais e obrigatoriedade das negociações entre trabalhador e empresários no acordo coletivo de trabalho. Vicentinho informou que, com as mudanças, após a data-base, empresários e trabalhadores terão 90 dias para fechar acordo.
Segundo Vicentinho, com a reforma, o número de sindicatos deve cair, porque alguns não sobreviverão ao fim do Imposto Sindical. "Independe de ser sindicato grande ou pequeno. Conheço sindicatos pequenos que não cobram impostos e sobrevivem e tem sindicato grandão que possui1% de sindicalizados, mas é grande porque desconta imposto de cem mil trabalhadores de sua base", explicou.
A audiência pública com o ministro Berzoini está marcada para as 10 horas, na Câmara dos Deputados.