Rio, 16/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari, disse que o mês de março, a exemplo do que sucedeu em janeiro e fevereiro deste ano, não está bom para o setor supermercadista fluminense.

Afirmou, entretanto, que se o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescer este ano entre 3,5% e 4%, conforme projetado pelo governo, os supermercados do estado do Rio poderão terminar o exercício, pelo menos, sem queda no faturamento. Em 2003, as vendas do setor caíram 4,61% no Rio de Janeiro, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Com um total de 102 expositores, que ocupam 14 mil metros quadrados do pavilhão 4 do Riocentro, a 16ª edição da SuperRio-Mostra de Fornecedores, Produtos, Serviços, Equipamentos e Tecnologia para Supermercados espera reunir até amanhã (17) um público visitante de 14 mil pessoas.

O evento deve gerar negócios entre fornecedores e supermercadistas da ordem de R$ 25 milhões, o que deverá superar os R$ 20 milhões registrados na edição de 2002. A expectativa é de Fornari.

Ele disse que o empresariado, de modo geral, e os supermercadistas em particular, apontam a carga tributária como o maior entrave ao crescimento, superando a questão dos juros elevados. A reforma tributária, segundo ele, foi muito tênue.

"Parece que o governo está preocupado só com o aumento da arrecadação, o que prejudica o crescimento", afirmou Fornari.

Em relação ao custo da cesta básica, o presidente da Asserj avaliou que os preços de alguns produtos, sobretudo da área de alimentação, estão mais caros. Disse, porém, que os aumentos são temporários, sem perspectiva de novas altas. Daí, acredita não ter havido mudanças significativas entre o custo da cesta apurado entre a segunda semana de fevereiro, de R$ 276,83, e neste mês de março. Na comparação com a segunda semana de fevereiro do ano passado, a pesquisa da Asserj revelou alta no custo da cesta básica de 6,49%.