Rio tem como atrair investimentos importantes, segundo Câmara de Comércio dos EUA

15/03/2004 - 19h27

Rio, 15/3/2004 (Agência Brasil - ABR) - O Brasil e o Estado do Rio, em particular, têm todas as condições para atrair investimentos estrangeiros importantes este ano, afirmou hoje o presidente re-eleito da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, Joel Korn. Ele garantiu que a entidade continuará dando todo o apoio no exterior para que o estado possa atrair mais investimentos.

Destacou que a manutenção das condições atuais de equilíbrio macroeconômico e os avanços do país nas reformas e na direção de mais modernidade e de um ambiente regulamentar mais estável, que seja indutor de novos investimentos, são elementos muito importantes para atrair o capital de risco, sobretudo os investimentos em infra-estrutura.

O Brasil, segundo avaliou Korn, precisa de muitos investimentos para sustentar seu crescimento em níveis mínimos de 5% ou mais por ano, uma vez que a poupança interna não é suficiente para podermos atingir os objetivos de longo prazo e para atender às necessidades críticas de infra-estrutura e de investimentos na área social. O país precisa de investimento externo também, disse o Presidente da Câmara de Comércio Americana do Rio.

Ele ressaltou, entretanto, que para atrair capital de risco, seja nacional ou estrangeiro, o Brasil precisa ter "regulamentações duradouras, realísticas, e que efetivamente remunerem o risco do investidor. Caso contrário, os novos investimentos estarão seriamente comprometidos e os investidores internacionais darão preferência, dentro de um mercado extremamente competitivo, a investimentos em outros mercados que ofereçam melhor hospitalidade".

Joel Korn analisou que apesar dos avanços experimentados no país, há ainda um árduo caminho a ser percorrido no processo de simplificação burocrática que leve à modernidade e competitividade para o setor público e para a iniciativa privada. A reforma trabalhista que se encontra em debate é um passo fundamental nessa direção, afirmou.

"Em síntese, temos muito para fazer, além de considerar o nível das taxas de juros como o grande vilão do baixo crescimento econômico. A sociedade hoje reconhece os malefícios da instabilidade monetária e rejeita soluções paliativas que, portanto, não assegurem a sustentabilidade do esforço de retomada do desenvolvimento", afirmou.