Rio Grande do Sul liderou o crescimento da indústria em janeiro

15/03/2004 - 11h52

Rio, 15/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A produção industrial no Rio Grande do Sul apresentou, em janeiro, um crescimento de 11,3% na comparação com janeiro de 2003. A taxa positiva foi registrada pelo quinto mês consecutivo e se baseia, principalmente, no dinamismo da indústria mecânica (colhedeiras agrícolas), que reflete o bom desempenho da agroindústria e das exportações. O resultado obtido pelo estado é o maior entre as doze áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Pesquisa de Produção Industrial Regional.

São Paulo também obteve bons resultados neste início de 2004, apresentando pelo sexto mês consecutivo crescimento no confronto entre janeiro 2004 com igual período do ano anterior. De acordo com o economista André Macedo, da Coordenação de Indústria do IBGE, a produção industrial em São Paulo obteve taxa positiva de 4,6%. Na comparação janeiro 2004/janeiro 2003 os técnicos constataram que houve crescimento em 11 dos 19 setores pesquisados no estado.

O resultado obtido pela pesquisa com relação a São Paulo se torna bastante relevante porque o Estado possui um setor industrial diversificado e concentra 40% da indústria nacional brasileira. "Os números apurados são extremamente significativos, principalmente porque, em 2003, o setor passou por uma série de dificuldades", destaca o IBGE.

As indústrias química (8,9%), de material elétrico e de comunicações (11,1%) e mecânica (10,5%) impactaram positivamente os resultados de janeiro. Por outro lado, as indústrias de vestuário, com redução de 19,9% e têxtil (-7,0%) não permitiram que o crescimento industrial no Estado fosse maior.

Com relação às quedas, a pesquisa revela que a indústria do Rio de Janeiro apresentou redução de 5,9%, em janeiro, em relação a igual mês do ano anterior. Este é o décimo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. Também registrou queda a produção industrial do Espírito Santo, que recuou 5,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Segundo André Macedo, a principal característica de impacto negativo nos dois estados está relacionada à indústria extrativa mineral (petróleo). No Rio de janeiro, essa queda ocorreu em função de uma base de comparação elevada, enquanto no Espírito Santo, a queda ocorreu em função da paralisação para manutenção de plataformas de exploração de petróleo, prejudicando a extração.