Leonardo Stavale
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - As empresas de telefonia foram as que causaram mais transtornos para os consumidores paulistanos em 2003. No total foram 11.069 reclamações, 7,48% a mais que em 2002, segundo os dados divulgados hoje pela da Fundação Procon-SP. Em segundo lugar no ranking dos setores com mais reclamações estão os bancos, seguido pelos planos de saúde, títulos de capitalização e imóveis.
Os aparelhos celulares foram os líderes em reclamações por produtos. O Procon-SP registrou em 2003, 8.524 problemas de consumo na área de produtos. A Motorola do Brasil foi a que proporcionou o pior atendimento. A empresa deixou de atender 77,36% das reclamações.
Na área de saúde, o segmento que apresenta mais reclamações é o de contrato de planos de saúde. Entre os principais pontos reclamados pelos consumidores são os reajustes em decorrência de alteração de faixa etária e negativas de cobertura de procedimentos médicos.
Os problemas de consumo envolvendo serviços essenciais e serviços privados somaram 20.077 reclamações. Na área de serviços essenciais, a Embratel foi a empresa mais reclamada. No total foram 648 problemas.
O Procon-SP registrou, em 2003, 10.310 reclamações envolvendo assuntos financeiros. A Caixa Econômica Federal conseguiu atender a apenas 22,66% dos problemas apontados pelos seus consumidores. Os problemas mais freqüentes foram os golpes e fraudes ocorridos dentro dos bancos.
O setor de alimentos, diferentemente do que se verificou nos anos anteriores, não apresentou empresas ou indústrias que se destacassem de forma significativa quanto aos assuntos mais reclamados. No ano passado, foram registrados apenas 211 problemas de consumo nesse setor. O segmento de supermercados é o que aparece com maior freqüência na lista de reclamações.
Os contratos com loteamentos e incorporações são os principais problemas do setor de habitação. O número de reclamações foi de 777. Destes, 434 foram resolvidos por mediação e 343 foram cadastrados como reclamações fundamentais.