Brasília - O plenário da Câmara vai se transformar em Comissão Geral amanhã, às 10 horas, para discutir o Plano de Escoamento e Tratamento de Petróleo da Bacia de Campos (RJ). O projeto da Petrobras prevê a construção de um oleoduto ligando a refinaria de Campos às refinarias de São Paulo. São 112 quilômetros de tubos submarinos e 723 quilômetros em terra. A obra é estimada em R$ 4,6 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões devem ficar no Rio, de acordo com informações do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que solicitou a realização do debate.

O parlamentar ressalta que o escoamento tem sido considerado fundamental para a Petrobras, que mantém o projeto de auto-suficiência do País na produção de petróleo. "O oleoduto será uma alternativa para diversificar as vias de transporte do petróleo da Bacia de Campos, que responde por 80% da produção nacional. Atualmente, os navios são o único meio de transporte dessa produção", assinalou.

Luiz Sérgio lembrou o acidente ocorrido há dois anos em Angra dos Reis (RJ), que paralisou as atividades do terminal petrolífero da Baía de Ilha Grande por mais de três meses. "Se, naquele período, tivesse ocorrido um acidente da mesma grandeza no terminal petrolífero de São Sebastião, em São Paulo, o País teria entrado em colapso", alertou.

Para começar a operar em 2006, as obras do oleoduto precisam começar no mês que vem. Mas, segundo o deputado, o projeto pode atrasar porque depende de uma série de autorizações dos governos estaduais e municipais, já que passa por 19 municípios no Rio de Janeiro. "Além disso, tem encontrado resistência no governo do Rio, que teme perder a construção de uma nova refinaria se for efetivado o projeto do oleoduto", disse.

As informações são da Agência Câmara