IPT desenvolve embalagem para preservar hortifrutigranjeiros

12/03/2004 - 15h05

Brasília, 12/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A pedido da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Paulo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolveu uma embalagem agrícola para substituir a Caixa K. Projetadas em madeira compensada resinada, que não absorve água, as caixas podem receber tratamento antifungo.

O projeto do novo modelo de embalagem, que teve o apoio dos técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), foi encaminhado à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que deve criar uma comissão para estudar a questão do transporte dos produtos agrícolas.

"A nova embalagem poderá servir de subsídio para o Ministério da Agricultura padronizar o transporte de hortifrutícolas no país", disse o coordenador do estudo e chefe do Laboratório de Embalagem e Acondicionamento do IPT, Ernesto Freire Pichler. "O mercado exige caixas boas e baratas. Com elas o consumidor poderá pagar menos pelas frutas e verduras que compra e o vendedor terá mais lucro e menos perdas".

Segundo Pichler, as novas embalagens têm tamanhos compatíveis com os paletes, plataformas de madeira sobre as quais se empilha carga, para transportar um grande bloco de material. Não têm arestas que possam marcar os frutos, apresentam características de proteção ao produto
embalado, boa ventilação e estabilidade para poderem ser encaixotadas, empilhadas e transportadas em caminhões.

A indústria de embalagens movimenta no Brasil em torno de US$ 10 bilhões/ano e funciona como um dos principais termômetros da economia. As projeções da Associação Brasileira da Indústria de Embalagem (Abre) para este ano são de uma produção nacional em torno de 7,5 milhões de
toneladas de material. (Ascom IPT)