Brasília, 12/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Buscando se prevenir de possíveis ataques de pragas do eucalipto, registrados pela primeira vez no país em julho passado, a Votorantim Celulose e Papel (VCP) iniciou uma parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu, com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef), de Piracicaba, e com as demais companhias florestais do país para estudar a possibilidade de controle biológico da praga e definir a melhor forma de monitoramento.
A empresa acredita que, apesar de nenhum dano ter sido verificado até agora, todo cuidado é pouco. O inseto - que é caracterizado pelo aparecimento de pequenos cones brancos na parte inferior do eucalipto - suga a seiva da planta e seca a árvore. O "piolho do eucalipto", como é mais conhecido, já provocou estragos em países como Estados Unidos, México e Chile e pode até resultar em prejuízos econômicos, como a redução das exportações de celulose e papel. No Brasil já foi detectado em pelos menos 160 municípios
A parceria poderá desenvolver métodos de controle que utilizem predadores naturais. Além de evitar danos ao meio ambiente, a prática garante uma economia considerável em relação ao uso de produtos químicos, que custariam até R$ 150,00 por hectare e exigiriam três aplicações por ano. O controle biológico da praga é feito por meio de uma vespa. O método reduz em até 80% o nível de incidência do inseto, originário da Austrália, e que é parecido com uma pequena cigarra. (Ascom VCP)