Brasília, 10/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Merula Steagall, disse não ter qualquer conhecimento das denúncias feitas pelo ex-diretor do Centro de Transplantes de Medula Óssea (Cemo), Daniel Tabak, durante depoimento hoje na Comissão Externa da Câmara que investiga possível interferência política nas filas de transplantes de medula óssea no Instituto Nacional do Câncer (Inca),
Stegall esclareceu que ficou sabendo das denúncias pela imprensa. Entretanto, ao contrário do divulgado pelo Ministério da Saúde, a presidente da Associação afirmou que não existe qualquer mistério nas listas. "Com certeza todo médico tem acesso às informações sobre os seus pacientes, quando solicitam ao Inca", revelou.
A presidente da Associação confirmou que o Dr. Daniel Tabak é membro do conselho científico da Abrale, composto por 27 profissionais de renome nacional. Marula Steagall declarou que não tem conhecimento de nada que desabone a conduta do Dr. Tabak e que o relacionamento dele com a associação é profissional.
A Abrale é uma organização não governamental, criada em 2002, e organizada e dirigida por pacientes e familiares de portadores de leucemia e linfoma. Hoje a associação tem 1.200 associados em todo o país, e busca principalmente cobrar do governo políticas públicas para a área de transplantes de medula.
Amanhã, deputados que integram a Comissão, ouvem no Rio de Janeiro diretores do Instituto Nacional do Câncer (Inca).