São Paulo, 10/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A operação no Shopping 25 de Março, na região central da cidade, realizada hoje por policiais civis, fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda, Receita Federal, agentes da Polícia Federal e da Prefeitura Municipal e representantes da CPI da Pirataria, resultou na apreensão de cerca de cinco mil sacos com produtos falsificados e mercadorias contrabandeadas, no valor estimado de R$ 7,5 milhões.
Segundo José Clóvis Cabrera, delegado regional Tributário da Secretaria da Fazenda, 50% dos produtos apreendidos, como máquinas fotográficas, bolsas, óculos, roupas, relógios e software, são fruto de contrabando, e os outros 50% são falsificados.
De acordo com as investigações da CPI da Pirataria, o Shopping 25 de Março, um dos maiores centros comerciais da capital, pertence ao empresário chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong, apontado como um dos principais contrabandistas do país.
Para o presidente da CPI, o deputado federal Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP), as ações da força-tarefa além das apreensões dos produtos ilegais, busca reunir provas "para chegar nos cabeças do crime organizado como Law Kin Chong".
Na avaliação de Medeiros, Chong é um dos alvos principais no trabalho da CPI, que visa sua condenação. "Ninguém tem dúvida que Chong é o maior contrabandista do Brasil. Claro que ele é uma pessoa preparada, assim como era o Al Capone, que foi muito difícil prender, mas que foi preso por sonegação fiscal".