Brasília - O porta-voz do Fundo Monetário Internacional(FMI), Thomas Dawson, divulgará ainda na tarde de hoje, em Washington, os pontos do acordo firmado ontem que permitiu que a Argentina pagasse a parcela de US$ 3,1 bilhões que venceu nessa terça -feira da dívida com o FMI, segundo informações divulgadas pela imprensa argentina.
O jornal eletrônico argentino El Clarín informa ainda que a FMI divulgará também o conteúdo da carta em que a diretora-gerente interina do Fundo, Anne Krueger, recomendará a aprovação das metas econômicas argentinas e a consequente aprovação da segunda revisão do acordo de US$ 13,3 bilhões firmado em setembro do ano passado. A diretoria do Fundo se reunirá em 22 de março para analisar a questão argentina.
Na conversa que mantiveram ontem por telefone e que culminou com a decisão argentina de pagar a dívida, o presidente argentino Nestor Kirchner e Anne Krugger também discutiram a exigência do FMI de que o governo reinicie as negociações sobre a dívida em bônus de US$ 88 bilhões com credores privados, que a Argentina parou de pagar em dezembro de 2001.
O FMI teria recomendado a Kirchner que volte ao cronograma de pagamentos previsto no acordo de três anos. E que reconheça o Comitê Global de Proprietários de Títulos Argentinos como o principal interlocutor das negociações com credores externos.
Há entre os credores a expectativa de que a Argentina possa suavizar a proposta de pagar apenas 25% do valor nominal da dívida.
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse nessa terça-feira que a Itália está tentando pela via diplomática convencer o governo argentino a melhorar a oferta e mantém expectativa de que possa recuperar até 65% dos investimentos dos cidadãos italianos, que compraram mais de US$ 17,32 bilhões em papéis da dívida argentina.
As informações são das agências internacionais