São Paulo sediará 11ª Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento

09/03/2004 - 18h10

São Paulo, 9/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, assinaram agora à tarde os acordos de cooperação para a realização da 11ª Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que se realiza 13 a 18 de junho, na capital paulista. É a primeira vez que a Unctad, criada em 1964 como entidade intergovernamental permanente, é realizada no Brasil e sua importância só pode ser comparada, em dimensão, à ECO-92.

Em paralelo à Unctad ocorrerá reunião ministerial do G-77 e encontros de investidores, pequenos e médios empresários e organizações não-governamentais. São Paulo também sediará, na mesma época, a URBIS 2004 – Feira e Congresso Internacional de Cidades, que em sua terceira edição abordará o tema "Cidades e Regiões Metropolitanas: estratégias de Desenvolvimento" e trará à capital paulista autoridades municipais do mundo todo.

"A realização da XI Unctad constitui um marco histórico para São Paulo e o Brasil. Ela colocará nossa cidade no foco das decisões de grande alcance em relação ao futuro da economia de muitos países", enfatizou a prefeita Marta Suplicy durante a cerimônia de assinatura do acordo-sede com a ONU e do convênio entre o Ministério das Relações Exteriores, a Prefeitura de São Paulo e a Anhembi Turismo e Eventos.

Para o ministro Celso Amorim, trata-se de um momento muito importante para o país uma vez que a história do Unctad se confunde com a história da diplomacia brasileira. "Espero que a Unctad não seja só reflexão teórica, mas traga efeitos práticos inclusive nas negociações com a Alca e a comunidade européia", afirmou. Amorim chamou atenção para o fato de o comércio reassumir a condição de promotor do desenvolvimento.

O embaixador Rubens Ricupero, secretário-geral da Unctad desde 1995, também participou da assinatura dos acordos. Questionado sobre o acordo da Argentina com o Fundo Monetário Internacional, Ricupero disse que não ficou surpreso. O embaixador afirmou que era de se esperar que a Argentina negociasse duramente, mas o objetivo final era fazer acordo com o FMI.