Metal-mecânica, petróleo e indústria naval impulsionarão economia fluminense em 2004 e 2005

09/03/2004 - 16h20

Rio, 9/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os setores metal-mecânico, de petróleo e naval serão os grandes vetores de crescimento do Rio de Janeiro em 2004 e 2005, com participação expressiva no total de investimentos projetados para o estado no período 2003/2005, da ordem de US$ 32,677 bilhões, afirmou hoje, em palestra a empresários da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial fluminense (CODIN), Maurício Chacur.

No setor naval, por exemplo, ele garantiu que o potencial é imenso: "O céu é o limite". O Rio de Janeiro concentra 90% da capacidade de produção nacional de navios. A isso se soma a decisão já divulgada pela Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, de renovar sua frota de 53 navios, considerada envelhecida, além do projeto de nacionalização dos navios de apoio marítimo que, em sua maioria, são afretados no exterior.

Chacur lembrou que os novos navios são dotados de alta tecnologia para exploração em águas cada vez mais profundas, acrescentando a isso a construção de novas plataformas e a reforma das existentes, o que sinaliza grandes investimentos no setor naval.

Há quatro anos, os estaleiros fluminenses estavam fechados, mas hoje, ajudados pela conjuntura econômica, os 17 estaleiros do estado estão em operação, existindo a perspectiva de construção de novas unidades, cujas áreas estão sendo definidas, afirmou.

O setor petróleo continua como carro-chefe da economia do estado do Rio, com potencial elevado de investimentos diante da descoberta de novos campos de petróleo e da construção de novas plataformas, ressaltou Maurício Chacur.

Ele informou que os investimentos previstos nos próximos dez anos no setor montam a US$ 10 bilhões/ano. No Pólo Industrial de Macaé, próximo à Bacia de Campos, 92 empresas estão em negociação com o governo fluminense para se instalarem no local.

Outro vetor do crescimento no estado é o setor metal-mecânico, onde existem boas perspectivas nas cadeias produtivas, disse Chacur. Ele citou o caso da montadora Peugeot-Citroen, com fábrica construída no município de Porto Real, no sul fluminense, que vai aumentar agora o índice de nacionalização das peças fabricadas no estado, e o da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, que investirá este ano na construção do alto forno 4 e da fábrica de pelotização.

O presidente da CODIN informou ainda que, para ampliar a atuação da entidade, está em estudo projeto visando sua transformação em Companhia de Desenvolvimento Econômico do estado do Rio de Janeiro. A idéia exigirá mudança na legislação e deverá ser efetivada ainda este ano.