Brasília, 9/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Até 2006, parte dos 600 milhões de preservativos masculinos importados e distribuídos anualmente pelo Sistema Nacional de Saúde deverá ser fabricado no Brasil com o látex nativo da Reserva Extrativista Chico Mendes (AC). Além de economizar divisas através da substituição das importações, o projeto vai incrementar o desenvolvimento sustentável da região.
A Tecnologia para a fabricação de "camisinhas" com matéria-prima das seringueiras nativas é resultado da parceria entre o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e o Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMA). Para obter a qualidade adequada e padronizar a matéria-prima, foram necessárias mudanças no corte, no horário e nas ferramentas usadas pelos seringueiros na extração do látex.
O resultado da pesquisa, que gerou os protótipos de preservativos feitos com o látex nativo, encerrou a primeira etapa de um projeto encabeçado pelo Programa DST/Aids do Ministério da Saúde e pelo Governo do Estado do Acre. O próximo passo é a construção de uma fábrica para produzir 100 milhões de camisinhas em 2005 e 200 milhões em 2006.
Uma indústria nacional confeccionou um lote piloto do produto, que foi testado e aprovado pelo INT, uma das duas instituições brasileiras responsáveis pelos testes de qualidade nos preservativos distribuídos gratuitamente no país. Para um lote de camisinhas ser aprovado, parte delas passa por testes de largura, comprimento, espessura, capacidade volumétrica, pressão ambiente, verificação de orifícios e integridade de embalagem.
As informações são da Ascom do MCT.