Brasília, 2/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (PSB-RS), disse hoje que é possível votar quatro das oito medidas provisórias que estão trancando a pauta da Câmara nesta semana. O deputado defendeu o estabelecimento de um ritmo de votação para destrancar a pauta e iniciar a apreciação de matérias importantes para o país, como o projeto de parcerias público-privadas (PPP) e o Plano Plurianual 2004-2007. "Pelo que se percebe, tem muito deputado e senador querendo ser delegado, promotor, juiz, mas se esquecendo de ser deputado e senador. Eles estão adorando um caso de polícia, mas se esqueceram de que foram eleitos para votar matérias em plenário", disse Albuquerque.

O deputado gaúcho defendeu que o episódio envolvendo o ex-assessor da Coordenação Política, Waldomiro Diniz, seja investigado pela polícia, Ministério Público e Judiciário. Segundo ele, os parlamentares devem parar de "especular" sobre o assunto e se dedicar à votação dos projetos que tramitam nas duas casas. "Isso explica por que o Brasil está enfrentando uma falência trágica como a da Parmalat e não tem uma solução adequada para a sociedade. O Senado está mais preocupado com o Waldomiro Diniz do que com o povo brasileiro e, por isso, não vota a Lei de Falências", afirmou Albuquerque, acrescentando considerar desnecessária a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto.

Ao chegar ao Palácio do Planalto para uma reunião entre o ministro de Coordenação Política, Aldo Rebelo, e os líderes da base aliada na Câmara, Beto Albuquerque informou que o encontro é para definir os partidos que presidirão cada uma das comissões da Casa. E que será traçada uma estratégia para a votação das oito medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara.