São Paulo, 2/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Levar o que há mais de moderno na área de telecomunicações às comunidades carentes, como o acesso à internet pelo sistema de banda larga, de alta velocidade. Essa e outras comodidades oferecidas pelo novo Serviço de Comunicação Digital (SCD) continuam entre as principais metas do governo.

A informação foi confirmada hoje, tanto pelo ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, quanto pelo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Pedro Jaime Ziller, na cerimônia de abertura da 14ª Telexpo. O evento reúne, até o próximo dia 5, no Expo Center Norte, em São Paulo, 380 expositores nacionais e estrangeiros do setor, com a expectativa de movimentar R$ 700 milhões em negócios.

A idéia é dotar de infra-estrutura todos os pontos em áreas públicas onde é possível fazer o investimento para essa finalidade, como a rede de ensino, inclusive as escolas rurais, somando 185 mil unidades. Segundo o ministro, há cerca de 63 mil pontos na área de saúde pública, além de 5 mil bibliotecas e universidades.

Oliveira disse que o SCD, que está sob consulta pública, deve ser viabilizado com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), com cerca de R$ 3 bilhões. O presidente da Anatel, Pedro Ziller, informou que já há previsão, neste ano, de cerca de R$ 40 milhões para a aplicação nesse sistema. Para ele, até o final deste ano, será possível dar início à operação.

Ziller apresentou alguns dados comparativos do acesso às novas tecnologias no Brasil e nos Estados Unidos. Segundo ele, em cada grupo de cem norte-americanos, 65 estão conectadas à rede mundial, enquanto no Brasil essa relação é de 7,27. Ele destacou que ainda é distante também o número de computadores disponíveis: nos Estados Unidos, há 60 equipamentos para 100 habitantes: no Brasil, apenas 26.