Economia não é atingida com caso Diniz, diz Palocci

02/03/2004 - 10h13

Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje que a economia não sofre impactos com a crise envolvendo o ex-assessor do Palácio do Planalto Waldomiro Diniz. Segundo ele, o país dispõe de instituições maduras e capacitadas a investigar.

"As forças da economia não se abalam em situações como essa. Situações como essa são problemáticas, de fato, um momento de tensão que ocorre entre os Poderes, mas devemos ter serenidade. O Brasil tem instituições fortes, tem o Ministério Público, o Legislativo, tem as ações do Executivo. Temos de confiar que essas instituições têm maturidade, têm capacidade e têm independência para realizar aquilo que precisa ser feito diante de situações como essas, apurar as coisas corretamente, tomar as decisões que deve tomar. E o Brasil precisa prosseguir na sua agenda", afirmou Palocci em entrevista ao programa Bom dia Brasil.

O ministro disse ainda que o presidente Lula é uma pessoa tranqüila e que não perde a serenidade em nenhum dos momentos mais importantes que viveu no seu governo.

Oposição

Antonio Palocci afirmou também que a oposição "está no seu papel", combativo e crítico. "Não vejo problema nisso. Acho que quando você não tem oposição num país, ou num estado ou numa cidade, você precisa observar se você tem governo também, então ter governo e ter oposição faz parte da vida democrática do país. O que nós não podemos é nem governo e nem oposição, nem agentes econômicos, nem lideranças populares do país é nos perder em relação ao que o país precisa", reforçou.

Para ele, no entanto, o jogo democrático não permite a criação de dificuldades para o desenvolvimento natural da agenda do país. "Neste momento o Congresso Nacional está decidindo o modelo elétrico. Não haverá crescimento de longo prazo se não equacionarmos, por exemplo, o modelo elétrico, que vai garantir energia ao longo da próxima década, para a atividade econômica", alertou.