Califórnia ordena que funcionários ligados à Igreja Católica ganhem contraceptivos

02/03/2004 - 10h06

Brasília - Planos de saúde que atendem a organismos ligados à Igreja Católica no estado da Califórnia serão forçados a fornecer cobertura de controle de natalidade aos 183 funcionários dessas instituições de caridade, como hospitais, abrigos e escolas.

A decisão da Suprema Corte do estado da Califórnia deve trazer uma onda de recursos nos outros 19 estados dos EUA que obrigam os planos a cobrirem despesas com contraceptivos para o caso de contratos com empresas.

No caso das instituições mantidas pela Igreja Católica, os planos de saúde eram dispensados pela Igreja da obrigação de fornecer pílulas anticoncepcionais, vasectomia e outros tratamentos pelo fato de o Vaticano condenar o uso de contraceptivos.O maior temor da Igreja Católica, agora, é o de que a decisão abra espaço para que o aborto seja incluído na lista de benefícios.

No entender dos juízes da Suprema Corte da Califórnia, as instituições de caridade não são empregadoras religiosas porque oferecem serviços seculares como aconselhamento, dormitórios e apoio a imigrantes de todas as religiões e credos. Além disso, boa parte dos funcionários de tais organismos de caridade não professa fé católica romana.

.Com agências internacionais