Justiça deve decidir pela implementação de uma das sugestões da CUT sobre Parmalat na semana que vem

01/03/2004 - 15h16

São Paulo, 1/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A adoção do sistema de cooperativas como forma de tirar a Parmalat do Brasil da crise financeira e salvar o emprego dos 6.200 trabalhadores vinculados às oito fábricas do grupo italiano foi proposta hoje pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho. Ele se encontrou com o interventor da companhia, Keyler Rocha, hoje de manhã, na sede da empresa. "Nossa grande preocupação é preservar o emprego e renda", justificou Marinho.

Além disso, observou que a interrupção desse complexo industrial afeta também a rede de fornecedores e outros segmentos da cadeia produtiva vinculada a essas atividades. Por enquanto, o funcionamento nas empresas do grupo tem sido parcial. Segundo Marinho, nessa reunião, o interventor lhe informou que na semana que vem a Justiça deverá definir uma das três sugestões encaminhadas pelo grupo interventor ao juiz da 42ª Vara Cível de São Paulo, Carlos Henrique Abrão.

Duas dessas alternativas sob análise do Judiciário permitem a manutenção do emprego, antecipou o líder sindical, sem, no entanto, detalhar que tipo de caminho é esse. Uma delas "pode enxugar ainda mais o tamanho da empresa", apontou ele, dizendo que torce para esta não seja a opção a ser escolhida.

Falando sobre a reação de Keyler Rocha sobre o processo em andamento, Luiz Marinho informou que ele mostrou firmeza e esperança com relação à decisão judicial. "Queremos dar crédito a essa esperança". Após essa definição, Marinho acredita que voltarão as linhas de crédito para que se dê início à recuperação. Ele saiu do local dizendo que caso não saia uma solução favorável, irá defender o sistema de cooperativas.