Brasília, 27/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - O resultado da segunda autópsia realizada hoje à tarde no corpo da missionária gaúcha Doraci Julita Edinger, assassinada na última terça-feira em Nampula, Moçambique, descarta a hipótese anterior de que ela tenha sido violentada sexualmente antes de morrer. Concluída a autópsia, já foram iniciados os preparativos para o translado do corpo para o Brasil.
O corpo da missionária deve chegar a Novo Hamburgo, no Rio Grande Sul, para ser entregue aos familiares provavelmente na próxima segunda ou terça-feira, vai depender da disponibilidade de vôos. O translado será feito de Maputo para Joanesburgo, de lá para São Paulo e de São Paulo para Porto Alegre.
O pastor Walter Altmann, presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), que deveria ter se encontrado com irmã Doraci em Beira, no centro de Moçambique, visitou nesta sexta-feira, junto com investigadores, o apartamento onde a missionária vivia e foi assassinada.
Foi feita a reconstituição do crime e descartada a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que não ficou constatado roubo de nenhum objeto. Segundo informações do pastor, a perícia supõe que Doraci tenha permitido a entrada do assassino no apartamento porque também não foram identificadas marcas de violência na porta.
Por enquanto a polícia de Nampula não tem pistas do assassino, mas a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, da qual a diaconisa era integrante, espera que o crime seja solucionado.
De acordo com o pastor Walter Altmann, há forte pressão das autoridades locais para o desenrolar do caso que teve grande repercussão no exterior. A IECLB tem recebido ligações de Portugal e da Espanha em solidariedade.
Amanhã o pastor Walter Altmann retorna a Beira e de lá viaja a Maputo, onde o corpo da irmã Doraci receberá a certidão de óbito, na embaixada do Brasil. Ele irá acompanhar o translado do corpo para o Brasil.