Rio, 21/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - Só depois do carnaval a Justiça Federal vai analisar o pedido de quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Waldomiro Diniz, de outras cinco pessoas e de uma empresa. A informação foi dada pelo delegado da Polícia Federal, Augusto Cesar Nunes, responsável pelo inquérito que apura a participação do ex-assessor da Casa Civil nos crimes de corrupção e eleitoral.
Nunes fez um balanço dos primeiros cinco dias do inquérito e disse que as investigações paralelas que vêm sendo feitas, como a CPI da Loterj, da Assembléia Legislativa do Rio, podem prejudicar a apuração do caso, se o conteúdo for divulgado antecipadamente. Waldomiro é alvo de pelo menos sete investigações, distribuídas entre inquéritos na Polícia Federal, CPIs na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e no Congresso Nacional, além de procedimentos no Ministério Público Federal.
"Acredito que a revelação de dados da investigação, se porventura eu vier a revelar dados da investigação antecipados, isso sim atrapalha", destacou Nunes. Ele afirmou, no entanto, que o trabalho da Polícia Federal está mais adiantado do que o das CPIs e dos outros procedimentos.
No inquérito conduzido pelo delegado, no Rio, a investigação está concentrada nos atos de Waldomiro a partir de janeiro de 2003, quando ele assumiu a função de servidor público. Se ficar comprovado que o ex-assessor do governo não cometeu irregularidades no âmbito da Justiça Federal no Rio de Janeiro, a competência será deslocada para Brasília ou para os locais apontados.