Grupo multinacional vai propor plano de paz para o Haiti

20/02/2004 - 10h54

Brasília - Um plano de paz para o Haiti começa a ser costurado neste sábado por representantes dos governos dos Estados Unidos, França, Canadá, da Comunidade do Caribe(Caricom) e da Organização dos Estados Americanos(OEA). A idéia é reunir todos os grupos envolvidos na atual crise política do país caribenho.

A informação foi dada à CNN por um funcionário do Departamento de Estado norte-americano que anunciou ainda que os Estados Unidos alertaram seus cidadãos para que deixem o Haiti o mais rápido possível. Há pelo menos 20 mil norte-americanos vivendo lá.

A decisão revela uma mudança de postura dos Estados Unidos. A administração Bush condicionou qualquer interferência no Haiti à uma atitude do presidente Jean-Bertrand Aristide para por fim à violência no país e ao início do diálogo com os seus opositores políticos.

Os Estados Unidos argumentam que as condições de segurança no país pioraram com a decisão de Aristide de politizar a Guarda Nacional e de usar recursos públicos para financiar gangues para atacar oposicionistas.

O Caricom - formado por 15 países do Caribe - leva para a reunião de sábado a certeza de que qualquer plano dependerá da vontade do governo haitiano de cumprir as resoluções da OEA e entre outras obrigações, garantir os direitos fundamentais aos cidadãos e a libertação de presos políticos.

Em contrapartida, os grupos rebeldes devem depor as armas e os partidos de oposição terão de aceitar uma comissão independente para fiscalizar as eleições.

A tomada da cidade de Gonaives, em 5 de fevereiro, marcou o início da confusão no Haiti, tomado por manifestações de rua dos partidos de oposição - pela redução do mandato presidencial - e troca de tiros entre gangues e a polícia. Pelo menos cinquenta pessoas morreram desde então.

As informações são da CNN