Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A entrada no país de US$ 993 milhões em Investimentos Estrangeiros Diretos(IED), no mês de janeiro, sinaliza tendência de manutenção elevada do ingresso de recursos. A avaliação é do diretor da Agência Nacional de Promoção de Investimentos (Brasil Investe), Clementino Fraga.
Ele acredita que, mantido esse ritmo, dá para realizar o volume de ingresso de recursos internacionais previsto pelo mercado para 2004, em torno de U$15 bilhões, superior aos U$13 bilhões projetados pelo Banco Central.
O resultado de janeiro revela que os Estados Unidos reassumiram sua posição de maior investidor estrangeiro no Brasil, com US$ 307 milhões, que haviam perdido para a Holanda, em dezembro de 2003, seguidos pelo Canadá, com US$ 197 milhões, e Alemanha,com US$ 191 milhões.
O setor automobilístico concentrou a maior parcela de investimentos (18,5%), desbancando o setor de telecomunicações, conforme esperavam alguns analistas, e que recebeu 8,3% dos recursos internacionais que entraram no Brasil.
Outros setores econômicos com participações significativas foram comércio e extração de minerais não metálicos, da ordem de 15,1% e 12,9%, respectivamente.
Para fevereiro, a estimativa do BC é de que o total de IED no Brasil caia para US$700 milhões, em função do menor número de dias úteis no mês. Fraga Neto avaliou, contudo, que a conclusão de negociações com investidores estrangeiros pela Brasil Investe, esperada para até o final deste mês, poderá modificar esse número para melhor.