Rebelo diz que por enquanto não há indícios contra Diniz no governo

18/02/2004 - 17h24

Gabriela Guerreiro e Deigma Turazi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília, 18/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro de Coordenação Política e Assuntos Institucionais, Aldo Rebelo, garantiu hoje que até agora não há indício de irregularidades envolvendo o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, Waldomiro Diniz, no período em que ele esteve no governo - de janeiro de 2003 até a semana passada, quando foi exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão de instalar sindicância interna para investigar as atividades do ex-funcionário, segundo Rebelo, foi tomada apenas para "esclarecer quaisquer dúvidas" que possam pairar sobre o período em que Diniz ocupava o cargo. "O governo não detectou, ninguém detectou qualquer indício de irregularidades, mas é dever do governo esclarecer tudo", enfatizou Rebelo.

Na avaliação do ministro, o governo não demorou a decidir investigar as atividades do ex-funcionário. "Não havia necessidade de urgência dessa averiguação uma vez que as denúncias se referiam a atividades do Waldomiro fora do tempo de serviço prestado à Casa Civil", ressaltou.

Aldo Rebelo também negou que a sindicância, que será realizada no âmbito do Ministério de Coordenação Política, vá provocar um conflito com a Casa Civil - órgão em que Waldomiro era vinculado enquanto esteve no governo.

Segundo Rebelo, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, concordou com a instalação da sindicância e com as investigações sobre Waldomiro Diniz. "Estamos apenas dando mais independência para que os funcionários façam essa averiguação", defendeu. Rebelo garantiu que a sindicância terá "toda a autonomia" para investigar as denúncias de propina e arrecadação irregular de recursos para campanhas eleitorais que envolvem Waldomiro Diniz.

O ministro também descartou, de forma enfática, a possibilidade de o ministro José Dirceu deixar o cargo em conseqüência das denúncias. "Essa hipótese nunca foi considerada, não é considerada e não será considerada de forma nenhuma", garantiu.