Minas e Energia assina concessão de 1.787 km de linhas de transmissão

18/02/2004 - 19h37

Brasília, 18/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - Em solenidade hoje no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) assinaram contratos para a implantação de 1.787 quilômetros de novas linhas de transmissão. Ao todo, são sete os lotes adquiridos por meio de concessão pública em leilão realizado na Bovespa em setembro no ano passado. As linhas entrarão em operação no máximo em dois anos.

As novas linhas previstas nos sete lotes, subdivididos em 11 trechos, estão orçados em R$ 1,428 bilhão. Eles foram arrematados por 18 empresas - 16 brasileiras e duas espanholas - reunidas em consórcios ou individualmente. Quatro projetos serão implantados por consórcios que reúnem empresas privadas e estatais. Do volume total de recursos para a implementação das obras, mais de R$ 1 bilhão serão investidos por empresas privadas.

Até fevereiro de 2006, período estabelecido para a conclusão das obras, deverão ser gerados 3,6 mil empregos diretos e 8 mil indiretos em 144 municípios de São Paulo, Paraná, Piauí, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais. As novas linhas, segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, irão reforçar a capacidade de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN), aumentando a confiabilidade e garantindo maior possibilidade de transferência de energia entre as regiões.

O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, aproveitou a cerimônia para anunciar o lançamento dos editais para outro leilão, previsto para ser realizado entre julho e dezembro, para a construção de mais dois mil quilômetros de linhas de transmissão balizados em investimentos superiores a R$ 2 bilhões.

Para a ministra Dilma Rousseff, as novas linhas de transmissão de energia elétrica "são muito importantes" não só pela geração de empregos, mas especialmente porque elas possibilitarão a oferta de energia elétrica mais barata aos consumidores, por conta da concorrência natural que passará a haver entre os investidores. Na avaliação da ministra, o leilão para aquisição das linhas, que despertou o interesse de 41 empresas, das quais sete estrangeiras, teve outro valor para o governo, este simbólico, pois comprovou o interesse e a confiança dos investidores no Brasil.