Economista diz que decisão do Copom não foi surpresa

18/02/2004 - 18h44

Rio, 18/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - Para o economista Alberto Furuguem, do Conselho de Política Econômica da Associação Comercial do Rio de Janeiro, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros em 16,5% ao ano, sem viés, não foi surpresa. Ele disse que a decisão corresponde, na média, ao que esperava o mercado. "A decisão evidencia a postura mais conservadora do Banco Central, mas não significa que não haveria espaço para redução dos juros", destacou.

Furuguem frisou que não há ameaça de inflação no país, estimando que em março ou abril, o Banco Central deverá retomar a trajetória declinante da taxa Selic, uma vez que os índices de preços já estão sinalizando um recuo da alta observada nos últimos meses.

Segundo o economista, a grande âncora anti-inflacionária neste ano vai ser a taxa de câmbio. Ele lembrou que o dólar tem ficado abaixo de R$ 3,00, contra previsões de até R$ 3,20 feitas no final do ano passado. Furuguen disse que o resultado da balança comercial tem ajudado bastante nesse sentido. A expectativa do economista é de que a inflação continue em queda. "E quando o BC se sentir mais confortável, dará continuidade ao processo de redução da taxa de juros", afirmou.