CNI classifica decisão do Copom de ''frustrante''

18/02/2004 - 19h37

Brasília, 18/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) qualificou como "frutrante" a decisão do Comitê de Política Monetário do Banco Central (Copom) de manter pela segunda vez consecutiva neste ano a taxa básica de juros da economia em 16,5%, sem viés. Segundo o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, a decisão desagradou mais uma vez. "Atua de forma negativa sobre as expectativas dos agentes econômicos, o que vai afetar as decisões de investimento", disse Monteiro.

Segundo ele, o Banco Central superestimou as pressões inflacionárias sazonais e pontuais que ocorreram no início do ano. Para o setor produtivo, a economia brasileira tem apresentado um quadro de melhora – decréscimo do Risco Brasil, taxa de câmbio abaixo de R$ 3,00 e expectativas de inflação para os próximos 12 meses. Ainda segundo a CNI, o cenário internacional está em um momento "muito positivo", o que justificaria, segundo a confederação, uma queda na taxa Selic."Lamento a posição do Banco Central que, ao nosso ver, vai comprometer e, de alguma maneira, postergar, o processo de recuperação do investimento e da atividade produtiva que queremos e que toda sociedade brasileira gostaria de ver antecipado", concluiu Monteiro.