Brasília, 12/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - O principal objetivo da realização da Expo Fome Zero - Brasil Socialmente Responsável foi cumprido. A avaliação é de Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, empresa promotora do evento, que se encerra hoje, às 21 horas, no Expo Center Norte. Cerca de 5 mil pessoas visitaram a feira, na qual 138 expositores mostraram as ações de responsabilidade social em todo o país.
Empresas como a Petrobrás lançaram na feira projetos como o Petrobrás Fome Zero, que reserva verbas para iniciativas destinadas a fortalecer o combate à fome com a geração de emprego, educação e qualificação profissional. Até 2006, a estatal vai investir R$ 303 milhões em propostas voltadas para os projetos selecionados.
O Banco do Brasil e o Grupo Pão de Açúcar apresentaram suas realizações sociais, para abrir um canal de diálogo que permita à rede de supermercados estudar a possibilidade de vender artigos beneficiados por financiamentos do BB. São produtos da apicultura, ovinocultura, fruticultura e hortaliça, entre outros. A Fersol anunciou que vai destinar, neste ano, 15% dos R$ 100 milhões de seu faturamento a projetos de responsabilidade social.
A Unilever planeja investir neste ano R$ 13 milhões em projetos de educação alimentar em escolas públicas. A empresa deve dobrar o valor aplicado na área social, atendendo 590 escolas e 60 mil crianças até o final do ano. A Ultragaz, por sua vez, deve destinar R$ 2 milhões ao reforço de suas ações de responsabilidade social. A empresa se uniu a boa parte dos expositores para endossar outra das oportunidades geradas pela Expo Fome Zero: fomentar o intercâmbio das empresas participantes. Também foi fechado um acordo com o Sesi para o programa Cozinha Brasil, da entidade.
A Coca-Cola iniciou contato com representantes de governos presentes à feira para a implantação do seu modelo de restaurante popular. O estado de Tocantins deve ser um dos primeiros beneficiados com a iniciativa, com uma unidade na capital Palmas. Para garantir a qualidade da alimentação de pessoas de baixa renda, o Grupo Planinvesti acertou parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O acordo inclui o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária para atender a 4 mil famílias assentadas até o final deste ano.
A Arno anunciou que vai levar a mais 100 mil crianças o projeto Aprendendo na Prática, ainda neste ano. A empresa fechou parceria com o Sesc, no programa de otimização da alimentação para alunos de 1ª a 8ª séries em todo o Brasil. A empresa deve fechar parceria com a Prefeitura de São Paulo para aplicação dos projetos Aprendendo na Prática nas unidades do CEU. O investimento em projetos para este ano é de R$ 100 mil.
Desde 2001 a Telemig Celular investiu R$ 4 milhões no projeto Pró-Conselho, destinado aos conselhos municipais dos direitos da criança e do adolescente. Para este ano, a empresa vai aplicar R$ 1 milhão.
Com previsão de investir R$ 12 milhões em projetos sociais em 2003 e 2004, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária anunciou parceria com a Fundação Banco do Brasil para a construção de mini-fábricas de beneficiamento de castanha de caju. A iniciativa vai inserir pequenos produtores rurais do Nordeste no mercado externo de amêndoas. Já foram construídas 155 unidades que vão beneficiar diretamente 2.600 famílias. Nesse projeto, a Fundação Banco do Brasil investiu R$ 4,5 milhões.
A AGCO vai leiloar um trator, ainda este ano, com renda revertida para o programa Fome Zero. Até setembro, a Caravana 500 mil, organizada pela empresa, pretende arrecadar 350 toneladas de alimentos.
Com informações da Francal.