Pesquisa industrial do IBGE permitirá mensurar importância de novos setores na economia

11/02/2004 - 15h17

Rio, 11/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - Mesmo sem perder o status de um dos líderes da economia nacional, o setor de extração de petróleo e gás natural agora disputa espaço com o setor de edição, impressão e reprodução de gravações. Também estão em ascensão os setores de bebidas, perfumaria e sabões e papel e papelão, enquanto que os de madeira, têxtil e vestuário e calçados perderam posições.

O perfil detalhado, entretanto, da produção industrial brasileira só vai ser conhecido em abril, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) divulgar a Pesquisa Industrial Mensal por Produção Física com os resultados de fevereiro deste ano baseados em uma nova metodologia.

O coordenador de indústria do Instituto, Sílvio Sales, anunciou nesta quarta-feira que a reformulação na pesquisa vai permitir, por exemplo, que se conheça o impacto da fabricação de produtos que são extremamente novos na economia nacional, como os telefones celulares e o setor de aviões.

Ele explicou, também, que os resultados vão estar mais alinhados com os dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais (Produto Interno Bruto) e que, apesar da base de cálculos continuar a mesma da pesquisa antiga, os resultados da produção industrial de 2003, que apontaram um discreto crescimento de 0,3%, podem ser revistos, inclusive para baixo. "Há um núcleo de setores que mantiveram sua importância e outro que ascendeu, redesenhando a economia nacional. Estamos também abrindo indicadores regionais para novas áreas, com a inclusão dos estados de Amazonas, Pará e Goiás. Com isso, a gente espera que a pesquisa esteja ampliando seu conjunto de informações no caso de regiões e refletindo com maior precisão o movimento de curto prazo da indústria", acrescentou Sales.

A Pesquisa Industrial Mensal teve início em 1971 e é a mais antiga das conjunturais do IBGE. O estudo já passou por três reformulações, sendo que a última foi em 1991.