Oficina traça linhas gerais de ação do Programa para Igualdade de Gênero e Raça

11/02/2004 - 15h26

Brasília, 11/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - As linhas gerais de um plano de ação para implantação do Programa de Fortalecimento Institucional para a Igualdade de Gênero e Raça, Erradicação da Pobreza e Geração de Emprego (GRPE), uma parceria entre o governo brasileiro e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), estão sendo definidas na 1ª Oficina de Consulta e Programação do projeto, que começou hoje e prossegue até sexta-feira, em Brasília. O compromisso com a OIT para a execução do programa foi assinado em outubro do ano passado pela Secretaria Especial de Promoção de Igualdade Racial e outros nove ministérios e secretarias do governo federal.

A ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, espera que a Oficina permita planejar a ação conjunta de todos os órgãos envolvidos no Programa nos próximos três anos do governo. Com a Oficina, serão capacitados os gestores governamentais encarregados de executar as ações na diversas áreas de atuação que ele envolve. O objetivo do encontro é também familiariza-los com o Manual de Formação da OIT sobre Igualdade de Gêneros e Raça, Erradicação da Pobreza e Geração de Emprego.

Este Programa, segundo Matilde Ribeiro, é uma das "meninas dos olhos" da sua Secretaria, ao lado do Brasil Quilombola, por expressarem as decisões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de promover o emprego, a igualdade racial e de gênero e o restate da comunidade afro-brasileira.

"É extremamente importante que as questões de gênero e raça que dizem respeito à vida da população como um todo, mas em especial das mulheres e dos negros, sejam incorporados às políticas públicas, principalmente na área de trabalho. É fundamental que todos os programas sociais dentro da estrutura governamental levem adiante propostas de eliminação da discriminação e de fortalecimento da cidadania dessas pessoas", disse Matilde Ribeiro. Como exemplo dessa proposta, ela cita o programa Primeiro Emprego e outros programas de qualificação profissioinal e geração de renda.

Especialista em temas de gênero e discriminação e representantes da OIT na oficina, Laís Abramo informou que a entidade está trabalhando com o mesmo programa em dez países da América Latina e o Brasil é o primeiro onde foi incluída a dimensção racial, "devido à magnitude e à severidade dos problemas de discriminação e desigualdade racial no Brasil".