Da Agência Câmara

Brasília - Ao chegar para a audiência pública na Comissão Especial da Parmalat, o presidente do BNDES, Carlos Lessa, descartou a possibilidade de novos empréstimos à empresa. Segundo ele, o banco não presta esse tipo de socorro.

Lessa confirmou que realmente existe dívida da Parmalat com o BNDES de R$ 25,9 milhões, mas afirmou que o banco está em uma situação confortável porque todos os empréstimos são feitos por intermédio de um agente financeiro. "O agente que assumiu a Parmalat vai ter que pagar", disse. Hoje, 185 agentes financeiros trabalham com o banco.

Carlos Lessa afirmou que o BNDES está preocupado com a situação dos pequenos produtores de leite. Ele não descartou a possibilidade de as cooperativas de leite conseguirem apoio financeiro do BNDES, desde que apresentem um projeto de modernização. O BNDES costuma emprestar para esse tipo de empreendimento até R$ 10 milhões. As cooperativas já são clientes do banco.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Também participam da audiência pública o chefe do Departamento de Combate a Ilícitos Cambiais e Financeiros, Ricardo Liao, representando o presidente do Banco Central; o gerente-geral da Unidade Reestruturação de Ativos Operacionais, José Maria Rabelo, representando o presidente do Banco do Brasil; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa; a chefe de gabinete da Presidência do Banco do Nordeste do Brasil, Helena Roraima Iracema Leite, representando o presidente da instituição; e o representante do Comitê Gestor dos Bancos.